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Vidas Secas

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Além de “Vidas Secas”, sua obra mais conhecida, Graciliano Ramos escreveu outros romances importantes, como “Angústia” (1936) e “São Bernardo” (1934), ambos marcados pela mesma crueza e realismo que caracterizam sua escrita. Seus livros são frequentemente estudados nas escolas brasileiras e são considerados obras fundamentais para a compreensão da literatura e da sociedade brasileira.

Graciliano Ramos faleceu em 1953, deixando um legado literário imortal que continua a influenciar escritores e leitores até os dias de hoje. Sua capacidade de retratar a vida e as questões sociais do Brasil com tanta precisão e sensibilidade o consagra como um dos grandes nomes da literatura brasileira.

Descrição

“Vidas Secas” é uma obra-prima da literatura brasileira escrita por Graciliano Ramos, um dos mais renomados autores do Realismo/Naturalismo no Brasil. Publicado em 1938, o livro narra a história de uma família de retirantes nordestinos, conhecidos como Fabiano, Sinhá Vitória, seus dois filhos, o mais velho chamado de “Menino mais velho” e o mais novo chamado de “Menino mais novo”, e a cachorra Baleia, em sua luta pela sobrevivência em meio à aridez do sertão nordestino.

A narrativa de Graciliano Ramos é marcada pela intensa caracterização dos personagens e pela descrição vívida do ambiente árido e impiedoso em que vivem. A seca é não apenas um cenário físico, mas também uma metáfora da condição humana desses personagens, que enfrentam não apenas a fome e a sede, mas também a desesperança e a opressão social.

Fabiano, o protagonista, é um homem rude e taciturno, cujas poucas palavras refletem a sua resignação diante das dificuldades da vida. Sinhá Vitória, sua esposa, é uma mulher forte e determinada, que enfrenta as adversidades com coragem e resiliência. Os dois filhos, apesar de sua inocência e ingenuidade, são obrigados a amadurecer precocemente diante das circunstâncias adversas.

Baleia, a cachorra, é talvez o personagem mais emblemático da história, representando a lealdade e a solidariedade em meio à adversidade. Sua morte, no final do livro, é um momento de grande comoção, simbolizando a perda da inocência e a crueldade do destino.

Além da narrativa envolvente e dos personagens marcantes, “Vidas Secas” também aborda questões sociais e políticas, como a desigualdade social, a exploração do trabalho rural e a alienação política das classes mais pobres. Graciliano Ramos retrata de forma crua e realista a miséria e a injustiça que assolam o sertão nordestino, sem fazer concessões ou romantizações.

Em suma, “Vidas Secas” é uma obra atemporal que continua a ressoar com os leitores, não apenas pela sua qualidade literária, mas também pela sua relevância social e política. Graciliano Ramos captura magistralmente a essência da condição humana em sua luta pela sobrevivência em um mundo marcado pela seca, pela fome e pela desigualdade.

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